30 de janeiro de 2010

Desabafo

Tenho me arriscado a escrever sobre alguns assuntos que até pouco tempo sequer tinha a menor idéia. Isso se deve especialmente à renovação da minha mente pelo Espírito Santo, e a leitura das Escrituras. Mas não há como rejeitar aquilo que os santos de todos os tempos escreveram e ainda escrevem, sejam em livros, artigos, pregações ou postagens em sites e blogs. Pretender ser uma mente "neutra", partindo-se do zero é pura prepotência e soberba, além de ser uma conclusão estúpida e enganosa em si mesma. Não tenho problemas em assumir o que sou, e o que tenho sido é fruto da ação de Deus através da instrumentalização do corpo de Cristo, capacitado pelo próprio Deus a auxiliar os membros no conhecimento e entendimento da verdade. Isto não quer dizer perfeição, mas um processo lento em que, mesmo na imperfeição e vivendo com a natureza pecaminosa, o Senhor vai-me afastando cada vez mais de mim, e me colocando cada vez mais próximo de Cristo. E, de forma alguma, ninguém pode dizer que o conhecimento adquirido ou a ignorância cultivada é fruto exclusivamente de si mesmo. Mas esta é apenas uma introdução, não o assunto deste texto.


Dito isso, abordarei mais um tema do qual não domino, mas tenho o entendimento suficiente para considerá-lo verdadeiro: O Mundo jaz no maligno!!


É interessante a igreja meditar como seria hoje se Martinho Lutero estivesse inclinado ao acordo. A pressão era grande sobre ele para que suavizasse a sua doutrina, a sua mensagem e parar de apontar o dedo para o papado. Mesmo muitos dos seus amigos e simpatizantes de Lutero pediram para que ele chegasse a um acordo com Roma em prol da harmonia na igreja. O próprio Lutero orou fervorosamente para que o efeito do seu ensino não fosse a divisão.


Quando ele pregou suas 95 teses na porta, a última coisa que queria fazer era dividir a igreja.


No entanto, por vezes, a divisão é justa, até mesmo saudável, para a igreja. Especialmente em momentos como de Lutero - e como o nosso - quando a igreja visível parece cheio de falsos cristãos, é certo para o verdadeiro povo de Deus se posicionar. Acordo é às vezes um mal maior do que a divisão. II Coríntios 6:14-17 não está falando só de casamento, quando ele diz:


“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.


Por isso saí do meio deles, e apartai-vos,” diz o Senhor.

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